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Como a pandemia do COVID-19 mudou a educação 

Em 2020, a pandemia do coronavírus (COVID-19) mudou a forma como os alunos são educados em todo o mundo. Agora, quase um ano após a eclosão do vírus, essas mudanças nos dão uma ideia de como a educação pode mudar para melhor a longo prazo.

Impacto da pandemia do Covid-19 na educação

O ritmo lento das mudanças nas instituições educacionais em todo o mundo é lamentável. Abordagens seculares de ensino baseadas em palestras, alunos passivos e salas de aula ultrapassadas ainda predominam. 

Desse ponto de vista, a pandemia trouxe melhoras, uma vez que o COVID-19 se tornou um catalisador para instituições de ensino em todo o mundo, na busca por soluções inovadoras em um período de tempo relativamente curto.

A regras de distanciamento social como meio de prevenir o vírus de se espalhar resultou no fechamento das escolas. Globalmente, mais de 1,2 bilhão de crianças estão fora da sala de aula.

Como resultado, a educação mudou drasticamente, com a procura pelo e-learning (ensino online), em que o ensino é realizado remotamente via plataformas digitais.

Dicas para usar a educação a distância no ensino escolar

Embora essa mudança radical de realidade tenha causado muitos transtornos, pesquisas sugerem que o aprendizado virtual aumenta a retenção de informações e é mais ágil, o que significa que as mudanças podem estar aqui para ficar.

É importante ressaltar, no entanto, que mesmo antes do COVID-19, já havia alto crescimento no uso da tecnologia em educação, com investimentos globais atingindo U$ 18,66 bilhões em 2019 e o mercado geral de educação online projetado para chegar a U$ 375 bilhões em 2026. 

Mercado de cursos online: crescimento e o que esperar nos próximos anos

Quer se trate de tutoria virtual, videoconferência ou softwares de aprendizagem online, houve um aumento significativo no uso desses recursos desde que a pandemia começou.

Ensino online cresce ao redor do mundo

Em resposta à necessidade de continuar a educação fora das salas de aula, cada país, escolas, universidades e até mesmo empresas, buscaram na tecnologia soluções para seus estudantes.

Durante o decorrer do ano passado, vimos coalizões de aprendizagem tomando forma, com diversas partes interessadas – incluindo governos, editores, profissionais da educação, provedores de tecnologia e operadoras de rede de telecomunicações – reunindo-se para utilizar plataformas digitais como uma solução para a crise.

Em países emergentes onde a educação é predominantemente fornecida pelo governo, isso pode se tornar uma tendência forte para a educação futura, uma vez que exige menos investimento em infraestrutura, alcança um maior número de alunos e acaba com as barreiras geográficas.

Na China, o Ministério da Educação reuniu um grupo de diversos constituintes para desenvolver uma nova plataforma de transmissão e aprendizagem online baseada em nuvem, bem como para atualizar um conjunto de infraestrutura educacional, liderado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação.

Da mesma forma, o fórum readtogether.hk de Hong Kong é um consórcio de mais de 60 organizações educacionais, editoras, mídia e profissionais da indústria do entretenimento, fornecendo mais de 900 recursos educacionais, incluindo vídeos, capítulos de livros, ferramentas de avaliação e serviços de aconselhamento gratuitos. A intenção do consórcio é continuar usando e mantendo a plataforma mesmo após o COVID-19 ter sido contido.

No Brasil, o MEC validou o ensino EAD e diversas escolas aderiram a plataformas de Aprendizagem Virtual (AVA), como o Coursify.me para continuar suas aulas.

Ambiente Virtual de Aprendizagem: o que é e para que serve

As bases legais para a modalidade EAD foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). A Lei determina que uma instituição de ensino só pode oferecer um curso de EAD, seja de graduação ou de pós-graduação, com autorização do Ministério da Educação.

Ainda segundo a LDB, “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.” (parágrafo 4 do artigo 32).

 Antes da crise sanitária do coronavírus, o Brasil tinha cerca de 1.800.000 brasileiros matriculados em alguma modalidade de EAD. Os dados são do censo 2018/2019 feito pela Associação Brasileira de Ensino a Distância, ABED. 

A diretora da Associação, Lana Paula Crivelaro, conta que esse último censo apontou um aumento de 17,6% no número de matriculados em EAD em relação ao censo de 2017 e que, antes da crise sanitária do Covid-19, já existia uma expectativa de que fossem mais de 2 milhões de alunos matriculados em EAD até 2023. Agora, diante da crise sanitária, afirma Lana, “a expectativa é que esse número de alunos matriculados será alcançado bem antes desse prazo”.

Vale lembrar que em cursos de nível superior, aulas online já são há muito tempo aceitas e validadas, sendo prática comum tanto no Brasil como em universidades do mundo todo, incluindo as conceituadas Harvard e Oxford.

 – Dicas para criar aulas online a partir de aulas tradicionais

Por meio de exemplos como esses, é evidente que a inovação educacional está recebendo atenção além do típico projeto social financiado pelo governo ou sem fins lucrativos. 

Na última década, já vimos um interesse e investimento muito maior vindo do setor privado em soluções de educação e inovação. Da Microsoft e Google nos EUA, a Samsung na Coréia, Tencent, Ping An e Alibaba na China, as empresas estão despertando para o imperativo estratégico de uma população instruída. 

Embora a maioria das iniciativas até o momento tenha sido limitada em escopo e relativamente isolada, a pandemia pode abrir caminho para que coalizões em escala muito maior sejam formadas em torno de um objetivo educacional comum.

O que isso significa para o futuro da aprendizagem?

Enquanto alguns acreditam que a mudança rápida e não planejada para o aprendizado online – sem treinamento, largura de banda insuficiente e pouca preparação – resultará em uma experiência de usuário ruim que não é conducente ao crescimento sustentado, outros acreditam que um novo modelo híbrido de educação surgirá, com benefícios significativos para todos.

Ensino híbrido: união da aprendizagem online e presencial

“Acredito que a integração da tecnologia da informação na educação será ainda mais acelerada e que a educação online acabará se tornando um componente integral da educação escolar”, disse Wang Tao, vice-presidente da Tencent Cloud e vice-presidente da Tencent Education.

Muitos profissionais da área já estão divulgando os benefícios do ensino online. O Dr. Amjad, professor da Universidade de Jordan, diz que “Isso mudou a maneira de ensinar. Isso me permite alcançar meus alunos de maneira mais eficiente e eficaz por meio de grupos de bate-papo, videoconferências, votação e também compartilhamento de documentos, especialmente durante esta pandemia. Meus alunos também acham mais fácil se comunicar. Acredito que o aprendizado tradicional off-line e o e-learning podem andar de mãos dadas. “

Os desafios da educação online

Existem, no entanto, desafios a serem superados, começando pelos alunos que não dispõe de acesso confiável à Internet e/ou tecnologia para participar da aprendizagem digital; essa lacuna é observada entre os países e entre as faixas de renda dentro dos países. 

Por exemplo, enquanto 95% dos alunos na Suíça, Noruega e Áustria têm um computador para usar para os trabalhos escolares, apenas 34% dos estudantes na Indonésia possuem os mesmos recursos, de acordo com dados da OCDE.

Nos Estados Unidos, há uma lacuna significativa entre aqueles de origens privilegiadas e desfavorecidas: enquanto praticamente todos os jovens de 15 anos de origens privilegiadas disseram que tinham um computador para estudar, quase 25% dos de origem humilde falaram o contrário. No Brasil, país com maior desigualdade social, esse cenário se agrava.

Embora algumas escolas e governos tenham fornecido equipamento digital para alunos necessitados, muitos ainda estão preocupados que a pandemia irá atrasar e excluir um grande número de estudantes.

O aprendizado online é eficaz?

Para aqueles que têm acesso à tecnologia certa, há evidências de que a aprendizagem online pode ser eficaz em diversas maneiras. 

Algumas pesquisas mostram que, em média, os alunos retêm 25-60% mais material quando aprendem online, em comparação com apenas 8-10% em uma sala de aula. Isso contribui para a rapidez com que aprendem.

O e-learning requer 40-60% menos tempo para aprender do que um ambiente de sala de aula tradicional, porque os alunos podem assimilar o conhecimento em seu próprio ritmo, voltando e relendo, pulando ou acelerando os conceitos conforme desejarem.

No entanto, a eficácia da aprendizagem online varia entre os grupos de idade. O consenso geral sobre as crianças, especialmente as mais jovens, é que um ambiente estruturado é necessário, pois as crianças se distraem mais facilmente. 

Para obter todos os benefícios da educação online, é preciso um esforço concentrado para fornecer essa estrutura e ir além da replicação de uma aula física/palestra por meio de recursos de vídeo. O ideal é usar uma gama de ferramentas e métodos de engajamento que promovem inclusão, personalização e inteligência.

Dicas para usar a tecnologia na educação 

Como os estudos demonstraram que as crianças usam amplamente seus sentidos para aprender, tornar o aprendizado divertido e eficaz por meio do uso da tecnologia é crucial.

De acordo com Mrinal Mohit, da BYJU, “Durante um período, observamos que a integração inteligente de jogos demonstrou maior envolvimento e maior motivação para a aprendizagem, especialmente entre os alunos mais jovens, fazendo com que eles realmente se apaixonassem pela aprendizagem”.

Futuro da educação presencial e online

Está claro que a pandemia perturbou um sistema educacional que muitos afirmam já estar perdendo sua relevância há bastante tempo.

Em seu livro, 21 Lessons for the 21st Century, o estudioso Yuval Noah Harari descreve como as escolas continuam a se concentrar nas habilidades acadêmicas tradicionais e na aprendizagem mecânica, em vez de habilidades como pensamento crítico e adaptabilidade, que serão mais importantes para o sucesso no futuro.

Enquanto alguns se preocupam que a apressada transição online pode ter prejudicado esse objetivo, outros planejam tornar o e-learning parte de seu ‘novo normal’ depois de experimentar seus benefícios.

O que ficou claro durante a pandemia, é a importância da disseminação do conhecimento além das fronteiras, empresas e todas as partes da sociedade. Se a tecnologia de aprendizagem online pode desempenhar um papel nesse sentido, cabe a todos nós explorar o seu potencial.

Plataforma de ensino a distância (EAD), o Coursify.me atende empresas e profissionais em mais de 60 países.

Recursos de uma plataforma de ensino EAD

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